O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

25 de abril de 2013

Os quatro significados do mito ou "alegoria da caverna" de Platão



OS QUATRO SIGNIFICADOS DO MITO OU ALEGORIA DA CAVERNA

Gilson Soares dos Santos

A filosofia foi uma forma completamente nova de pensar que surgiu por volta de 600 a.C. Antes disso, todos os questionamentos do homem eram respondidos pela religião que, na maioria das vezes, recorria aos mitos. Porém, mesmo depois do estabelecimento definitivo da filosofia, as explicações mitológicas para questões filosóficas ainda continuaram. Evidentemente, seu uso não estava mais atrelado à religião, todavia, continuou sendo usado. Um dos exemplos é a “alegoria da caverna” de Platão, onde o filósofo expõe seu pensamento sob forma figurada, isto é, fazendo uso de uma coisa para dar ideia de outra. No post de hoje quero comentar sobre os quatro significados do mito ou alegoria da caverna. Lembrando que se você nunca leu o mito da caverna, poderá encontrar aqui no nosso blog em Alegoria da caverna: uma ilustração filosófica.

Primeiro significado

O mito da caverna nos apresenta os diversos graus nos quais se divide a realidade, que podem ser entendidos da seguinte forma:

a)     As sombras no fundo da caverna simbolizam as aparências sensíveis das coisas;
b)    As estátuas são as próprias coisas sensíveis;
c)     O muro apresenta-se como a linha limítrofe entre o mundo sensível e o supra sensível;
d)    As coisas verdadeiras situadas no outro lado do muro são representações simbólicas do ser verdadeiro e das Ideias;
e)     O sol simboliza a ideia do Bem.

Segundo significado

O mito da caverna simboliza os graus do conhecimento, entendidos da seguinte maneira:

a)     A visão das sombras é a imaginação, a visão das estátuas, a crença;
b)    A passagem da visão das estátuas, gradualmente, até chegar à visão dos objetos verdadeiros e, subsequentemente, a visão do sol simbolizam a dialética em sua concepção pura.

Terceiro significado

O mito da caverna simboliza o aspecto místico e também teológico do platonismo. Vejamos:

a)     A vida na caverna é a vida na dimensão dos sentidos e do sensível.
b)    A vida na pura luz é a vida na esfera do espírito.
c)     Libertação das algemas significa voltar-se do sensível para o inteligível, é uma conversão.
d)    A visão suprema do sol e da luz é a visão do Bem, a contemplação do divino.

Quarto significado

Outro significado do mito da caverna é que ele expressa a concepção política de Platão. Vejamos:

a)     O retorno a caverna representa o retorno do filósofo-político. Isso fica evidente no fato de que o fugitivo da caverna não continuou apenas contemplando o verdadeiro, ele supera seu desejo de contemplação do verdadeiro, retorna à caverna para salvar os outros. Esse era o pensamento político de Platão: o verdadeiro político não ama o comando e o poder, mas faz uso dele para ajudar os outros.
b)    O risco que ele corre expressa o sentido da existência de todo aquele que viu o verdadeiro Bem e tenta ajudar outros que nunca tiveram a mesma visão que ele.


Da alegoria da caverna podemos tirar muitas lições, até mesmo no campo da religião, mas é bom entender que o propósito de Platão ao expor no centro de A República o célebre “mito da caverna” está estritamente ligado à metafisica, a gnosiologia, a dialética e até mesmo a ética e a mística platônicas.

17 de abril de 2013

Para onde vão as pessoas que nunca ouviram falar de Jesus? Veja o ensino do Universalismo






PARA ONDE VÃO AS PESSOAS QUE NUNCA OUVIRAM FALAR DE JESUS? VEJA O ENSINAMENTO DO UNIVERSALISMO

Pr. Gilson Soares dos Santos

No decorrer da história da igreja, intensos debates foram travados sobre o destino das pessoas que nunca foram evangelizadas. A situação atualmente não é diferente. As perguntas envolvendo o tema ainda persistem: uma pessoa que nunca ouviu falar do evangelho de Cristo está salva? Sobre este assunto temos diversos pontos de vista, entre eles, o exclusivismo; a oportunidade universal antes da morte; o inclusivismo; o evangelismo post-mortem; o universalismo, e ainda outros que não recebem um nome dentro da teologia. Embora todas as correntes citadas concordem que Jesus é o único Salvador, divergem sobre a salvação dos não evangelizados. Sobre isto trataremos, sucintamente, em diversas postagens. Hoje postaremos a posição do Universalismo.


1 – A Teoria do Universalismo

Segundo o Universalismo, todas as pessoas serão, na verdade, salvas por Jesus. Ninguém é condenado eternamente. O universalismo defende a crença do bem estar final de todos os homens e de outros seres superiores aos homens, isto quer dizer que até mesmo os anjos caídos serão devolvidos ao reino dos remidos. Essa teoria afirma que todos, mesmo aqueles que nunca foram evangelizados, serão salvos no final da história.

1.2 – Os versículos usados por esta teoria

Romanos 5.18

“18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.”

I Coríntios 15.22-28

“22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23  Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

I João 2.2

2  e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.”

1.3 – Defensores desta teoria

Clemente;
Orígenes;
Gregório de Nissa;
F. E. Schleiermacher;
G. C. Berkouwer;
William Barclay;
Jacques Ellulo;
Karl Barth. 





10 de abril de 2013

Para onde vão as pessoas que nunca ouviram falar de Jesus? Veja o que ensina a Teoria da Evangelização Post Mortem


A TEORIA DA EVANGELIZAÇÃO POST MORTEM

Pr. Gilson Soares dos Santos

No decorrer da história da igreja, intensos debates foram travados sobre o destino das pessoas que nunca foram evangelizadas. A situação atualmente não é diferente. As perguntas envolvendo o tema ainda persistem: uma pessoa que nunca ouviu falar do evangelho de Cristo está salva? Sobre este assunto temos diversos pontos de vista, entre eles, o exclusivismo; a oportunidade universal antes da morte; o inclusivismo; o evangelismo post-mortem; o universalismo, e ainda outros que não recebem um nome dentro da teologia. Embora todas as correntes citadas concordem que Jesus é o único salvador, divergem sobre a salvação dos não evangelizados. Sobre isto trataremos, sucintamente, em diversas postagens. Hoje postaremos a posição da Evangelização Post Mortem sobre o destino das pessoas não evangelizadas.

1 - A teoria da evangelização post mortem
  
Segundo este ensino, os não evangelizados recebem uma oportunidade de crer em Jesus depois da morte. Para eles, não há uma única pessoa que ficará sem ouvir o evangelho de Jesus Cristo. Aqueles que morreram sem ouvir a pregação do evangelho terão a oportunidade de ouvi-lo depois da morte. E para os adeptos dessa teoria, haverá chances de salvação.

1.2 - Os versículos usados pela teoria da evangelização post mortem
  
João 3.18 

18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
  
Explicação: Segundo os adeptos dessa teoria, uma pessoa não pode ser condenada por não crê em Jesus, se ela nunca ouviu falar dele. 
  
I Pedro 3.18-20 

18 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, 19  no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, 20 os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água.

1.3 - Principais nomes da teoria da evangelização após a morte 

Clemente de Alexandria; 
George MacDonald; 
Donald Bloesch; 
George Lindbeck; 
Stephen Davis; 
Gabriel Fackre.

OBSERVAÇÃO: Recomendo que você leia também: 

Para Onde Vão As Pessoas Que Nunca Ouviram Falar de Jesus? O Ensino da Oportunidade Universal

Para Onde Vão As Pessoas Que Nunca Ouviram Falar de Jesus? O Ensino do Inclusivismo