O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.
22 de setembro de 2013
Fé e Regeneração: Qual vem primeiro?
17 de setembro de 2013
Culto transformado em show
10 de setembro de 2013
A Graça transformada em libertinagem
A denúncia de Judas não poderia ser mais explícita: “[Certos homens] transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Jd 4). Em outras palavras: “Eles torcem a mensagem a respeito da graça do nosso Deus a fim de arranjar uma desculpa para a sua vida imoral” (NTLH). A Comunidade de Taizé prefere afirmar que certas pessoas “abusam da graça do nosso Deus para levar uma vida dissoluta”.
Esse estrago está sendo cometido por alguns intrusos que já se infiltraram sorrateiramente no meio da comunidade e agora participam de suas festas de fraternidade (Jd 12) e usam de desavergonhada bajulação (Jd 16). No decorrer da epístola, Judas chama os prostituidores da maravilhosa graça de “sonhadores” (v. 8), “rochas submersas” (v. 12), “pastores de si mesmos” (v. 12), “nuvens sem água”, “árvores de outono [mas] sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz” (v. 12), “ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos” (v. 13) e “estrelas errantes [a caminho das] mais densas trevas” (v. 13).
O que essas “rochas submersas” estão fazendo é muito grave. Quais icebergs, que escondem 90% do seu volume debaixo do nível do mar, elas realizam um trabalho de corromper a maravilhosa graça, declarando temerariamente que, depois de termos nos tornado cristãos, “podemos andar como quisermos, sem medo da ira divina” (Jd 4, BV)
Ora, a distância entre a graça divina e a libertinagem humana é imensurável. A graça é a manifestação maior do amor, da misericórdia, da compaixão e da paciência de Deus. E a libertinagem é a manifestação maior do pecado, da provocação, da maldade e da baixeza do homem. A graça de Deus parece não ter sinônimo perfeito (nem definição plenamente satisfatória). Mas os sinônimos da libertinagem são licensiosidade, dissolução, devassidão, depravação. Remover a maravilhosa graça do seu pedestal e colocá-la na mesma prateleira da libertinagem é uma violência que precisa ser denunciada em alto e bom som.
Essa fabulosa indústria de transformação, que pretende acalmar a consciência dos vencidos pela carne e enriquecer os intrusos, os advogados do diabo, os profetas da pecaminosidade e a mídia sedenta de ibope e ouro — existe há muito tempo e transforma não apenas graça em libertinagem. As outras transformações aparecem nas demais matérias de capa.
6 de setembro de 2013
Ética e Infinito, em Emmanuel Lévinas
A filosofia de Emmanuel Lévinas (1905-1995) tem como propósito o discurso sobre a responsabilidade para com o outro ser humano. Ele procura enfatizar a não-indiferença pelo rosto do outro. Sua ética é exposta, de forma clara, em totalidade e infinito e ética infinito, uma das suas principais obras de filosofia, como “a ética da responsabilidade para com os outros”. Sua filosofia traz uma resposta para a crise de ética de sua época. Para ele, o começo da filosofia é a responsabilidade com o outro. O infinito é o outro. O termo “metafísica” encontra em Lévinas significado próprio. A metafísica de Lévinas é a ética. É nosso propósito, neste trabalho, fazermos uma leitura interpretativa da ética levinasiana, buscando entender, acima de tudo, a definição que o filósofo faz sobre o rosto do outro e da nossa responsabilidade para com o outro, que não é apenas exterioridade do rosto, mas o humano que nos torna humano.
Lévinas inicia tratando da natureza histórica da filosofia, que buscou sintetizar universalmente tudo aquilo que é significativo, reduzindo as coisas ao conceito de totalidade. Uma filosofia que exalta o sujeito, colocando-o num pedestal, e, portanto, traindo a ideia de sujeito como estar sujeito a algo ou alguém. Para ele, na história da filosofia foi difícil encontrar uma ruptura entre totalidade e infinito, e foi somente
A partir do rosto do outro, de um olhar para o rosto do outro, Emmanuel Lévinas busca construir uma nova visão de humano. Porém a exterioridade do rosto não permite que se tenha um conhecimento do outro. Não nos limitamos a ver o rosto do outro como nariz, olhos, testa, queixo, etc., Se assim o fizermos, então nos voltamos para o outro como objeto. É nesse ponto que Lévinas mostra que "o que é especificamente rosto é o que não se reduz a ele". Não importa o que possamos ver, há no rosto uma pobreza essencial, e não se pode ter um conhecimento seguro sobre o outro apenas contemplando a exterioridade do rosto, pois simplesmente o rosto pode disfarçar. Porém é o rosto que nos impede de matar. Isso faz sentido se conseguirmos ver o humano no rosto do outro. A primeira relação que temos com o rosto é uma relação de ética. A primeira palavra do rosto é "tu não matarás". De certa forma, quando nos encontramos com o outro podemos todas as coisas, inclusive matar o outro, mas não o fazemos porque o rosto do outro diz "Podes matar", mas o mesmo rosto diz "Não matarás". O rosto me leva à responsabilidade. Porque o rosto do humano corresponde ao humano. Talvez seja possível tirar a vida de um homem, porém seu rosto continuará lá.
3 de setembro de 2013
Vamos orar pela paz na Síria
Quero transcrever aqui uma matéria encontrada no site http://www.portasabertas.org.br sobre visitas feitas por missionários às famílias de Alepo, a maior cidade da Síria.
Alepo é a maior cidade da Síria. Antes da guerra civil, lá era o centro econômico do país. Desde que o exército sírio e o exército livre da Síria começaram a combater dentro e ao redor da cidade, milhares de habitantes fugiram. Fábricas e empresas foram destruídas ou fechadas. Nesse meio tempo, outros sírios fugiram do país ou mudaram-se de Homs para Alepo.
Através de seus parceiros e colaboradores, a Portas Abertas está apoiando várias igrejas na Síria. Essas congregações têm ajudado desabrigados que chegaram à cidade e também moradores cristãos que se encontram em necessidades. Por meio dessas igrejas, mais de mil famílias são beneficiadas a cada mês.
Um dos pastores locais contou à Portas Abertas sobre as visitas que ele e um grupo de voluntários fazem a cristãos desabrigados em Alepo. A maneira que ele relata cada visita é muito sucinta. Não é possível saber muitos detalhes sobre as famílias. Mas o que fica bem claro é: em um dia de visitas, pode-se olhar nos olhos das pessoas que sofrem com essa guerra civil. Eles ouvem histórias sobre pessoas desaparecidas, baleadas ou sequestradas; pessoas que perderam casas e empregos; falam de pobreza, falta de comida ou necessidade de remédios. Algumas vezes, colocando em risco sua própria segurança, a equipe de visitantes da igreja sai para visitar as famílias com uma cesta básica.
"Primeiro, batemos à porta de uma família que veio de Al Qusayr (próximo à cidade de Homs)”, conta o pastor Samir* sobre um dia em que ele e sua equipe saíram para fazer visitas. Al Qusayr tinha uma grande comunidade cristã, mas milhares deles — há quem diga que foram todos —, deixaram a cidade quando esta foi capturada pelas forças da oposição no início de 2012. “O chefe da família me contou como deixaram seu lar e vieram para Alepo trazendo apenas as coisas que podiam carregar. Eles agora estão em grande pobreza e passando por muitas necessidades”.
O pastor e os outros membros da equipe sempre tentam confortar as famílias. “Nós lemos Hebreus 2 e compartilhamos as boas-novas, sobre nosso tesouro celestial. Depois disso, oramos”, relatou o pastor.
Ele continuou: “Após essa visita, conhecemos outra família: marido, mulher, duas filhas e seus esposos, três crianças e dois vizinhos de outro vilarejo de Homs. Eles estavam traumatizados pelo que acontecera em seus lares, especialmente com as crianças. A família viu muita coisa, eles perderam a casa e o emprego. Procuramos encorajá-los, lendo o livro de Salmos, conversando bastante sobre o cuidado de nosso Pastor, o Senhor”.
Tristes e sozinhos
Outra família: marido, mulher, filha e três crianças. “A esposa tinha sido baleada. Ela mostrou as cicatrizes a uma das mulheres da equipe. Seu filho fora baleado nove vezes nas pernas. Ele precisava de cirurgia para tratar seus ferimentos. Mas o chefe da casa também precisava de cirurgia por causa de uma enfermidade. Eles sentiam-se tristes e sozinhos. Disseram-nos que tinham falta de comida e remédios. Lemos Mateus 9 com eles e lhes explicamos essa passagem”.
Uma mulher de Al Hamadia, um bairro de Homs onde os cristãos costumam morar, expressou seus temores porque seu filho tinha fugido para a Turquia, mas havia sete meses que não recebia nenhuma notícia dele, nenhum telefonema ou carta, nada.
A equipe da Portas Abertas também visitou uma casa em que duas famílias de Al Hamadia estão morando. “Um dos homens fora sequestrado duas vezes, mas sobreviveu. A família teve de deixar tudo para trás, a casa e o trabalho. Eles pediram oração por um amigo que tinha sido sequestrado havia seis meses”.
Em meio à guerra civil, os cristãos têm testemunhado a mão de Deus operando. “Por exemplo, Aboud e sua família vieram de Al Hamadia. Eles nos contaram sobre o grande cuidado do Senhor. Ele salvou Aboud da morte. Criminosos o levaram juntamente com seis de seus colegas e os amarraram na fábrica onde trabalhavam, próximo a Homs. Aboud tinha um ferimento na cabeça e sentia muitas dores. Deus os salvou após terem orado e pedido em nome de Jesus.
Embora sofram agora, eles sabem que têm um grande lar pronto no céu. O marido foi salvo novamente, mais tarde, quando ladrões tentaram roubar seu carro”.
Pedidos de oração
• Ore para que a equipe da Portas Abertas tenha sabedoria ao visitar as famílias necessitadas, sabendo como responder aos seus questionamentos.
• Peça por paz em Alepo e pela restauração de todas as pessoas traumatizadas.
• Interceda por todos os voluntários envolvidos neste trabalho.
• Apresente ao Senhor todos os cristãos que decidiram permanecer em Alepo para servir a Deus.
• Clame pelos cristãos que foram sequestrados.
*Nome alterado para a segurança do cristão.