O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

30 de maio de 2013

Um pequeno estudo sobre Corpus Christi e a Ceia do Senhor


 CORPUS CHRISTI E A CEIA DO SENHOR

Pr. Gilson Soares dos Santos

INTRODUÇÃO

No Brasil há um dia feriado dedicado à hóstia da Igreja Católica, é o DIA DE CORPUS CHRISTI, expressão latina que significa “O CORPO DE CRISTO”, celebrado pela Igreja Católica na EUCARISTIA, que é um dos sete sacramentos pregados pelo catolicismo.

Os sacramentos católicos são:

1 – Batismo
2 - Confirmação do batismo ( crisma)
3 – Confissão (penitência)
4 – Eucaristia.
5 – Ordem (sacerdotal)
6 – Matrimônio
7 – Extrema unção (unção dos enfermos).

Estudaremos sobre o CORPUS CHRISTI.

I – Corpus Christi: A Origem

A - Essa festa religiosa, na qual se comemora a instituição da Eucaristia, teve seu início em Orviedo, na Itália, no ano de 1263.
B - Segundo o catolicismo, certo sacerdote, chamado Pedro de Praga, vivia angustiado sobre a presença de Cristo na Eucaristia.
C - Decidiu ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, para pedir o dom da fé.
D - Ao passar por Bolsena, na Itália, enquanto celebrava uma missa, novamente foi acometido de dúvida.
E - Na hora da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue. Porém não manchou as mãos do sacerdote.
F - Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram levados para Orviedo em procissão para a Catedral de Santa Prisca.
G - Esta foi a primeira procissão do Corpus Christi.
H - Em 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou através de uma bula, TRANSITURUS DO MUNDO, o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do CORPO DO SENHOR, a hóstia.

REFUTAÇÃO DESSA ESTÓRIA

A - Essa estória é suspeita:

1 Quem garante que esse sacerdote viu mesmo esse fenômeno acontecendo?
2 Um fato só pode ser levado em consideração quando há testemunhas.
3 Se tudo o que as pessoas disserem ter visto for levado em conta pelas religiões, teremos que acreditar em mula-sem-cabeça, Saci Pererê, lobisomem, disco voadores, etc.
4 Toda seita herética é fundamentada em alguma visão. E, toda visão que não tenha respaldo bíblico não deve ser considerada.
5 Se já celebramos o corpo e o sangue do Senhor Jesus na Santa Ceia. Por que fazer um cortejo solene uma vez no ano levando seu “corpo” por uma avenida?

II – As comemorações no Brasil

O calendário de comemorações católicas, no Brasil, é o seguinte:

A - Carnaval: 47 dias antes da páscoa.
B - Espírito Santo: 49 dias depois da Páscoa.
C - Santíssima Trindade: 56 dias após a Páscoa.
D - Corpus Christi: 60 dias após a Páscoa.

Como comemoram o corpus christi

A - Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa.

B - É uma tradição:

a - os tapetes de serragem colorida
b - flores do cerrado
c - grãos
d - vidro moído
e - pinturas
f - raspa de couro
g - areias coloridas
h - tudo o que a criatividade proporciona para este dia, cobrindo as ruas por onde passa-se a procissão de Corpus Christi.

III – O Dogma da Transubstanciação

A - O catolicismo defende a doutrina da transubstanciação, isto é, afirmam que quando o sacerdote abençoa a hóstia, ela torna-se em corpo e sangue de Jesus.
B - Por isso, a partir de 1414 resolveram negar o vinho ao povo, afirmando que a hóstia já contém carne, sangue, ossos, nervos e cabelos de Cristo.

C - Eles crêem realmente nisso. Veja o que encontramos nos escritos católicos sobre a hóstia:

1 “Se um padre sentir-se mal durante uma celebração da missa e vomitar a hóstia, deve engolir o que pôs para fora” (O Missal Romano. Pág. 58).
2 “O fiel não pode mastigar a hóstia, pois estará mastigando o corpo de Cristo”.
3  “Dois rapazes roubaram uma hóstia e a alfinetaram. A hóstia começou a sangrar” (Contos católicos).

REFUTAÇÃO

A – Quimicamente

1 Em nenhum momento acontece transubstanciação.
2 A farinha e água da hóstia ou o trigo do pão e o vinho continuam inalterados em sua fórmula química. É só experimentar.
3 Se a hóstia fosse realmente o corpo de Cristo, os celebrantes deveriam ter mais cuidado quando tivessem que distribuí-lo para o povo, pois na eucaristia participam bêbados, adúlteros, fornicários, pessoas que odeiam o próximo, prostitutas, macumbeiros, etc. e, segundo a Bíblia nem todos são dignos de participar da comunhão. (I co 11.27-30).

B – Figuradamente

1 Jesus usou uma figura de retórica, a metáfora, quando disse “Isto é o meu corpo”.
2 É óbvio que o pão ali não era o corpo de Cristo, pois Jesus estava com o seu corpo.
3 Da mesma forma quando ele disse “isto é o meu sangue.” Ora, seu sangue estava correndo em suas veias.

Essa não foi a primeira vez que Jesus usou metáfora. Veja outros momentos onde Jesus usou metáforas (Jo 15.1; Jo 10.9; Jo 14.6; Etc.)

JOÃO 15.1 “1  Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.”
João 10.9 “9  Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.”
João 14.6 “6  Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

C – Logicamente

1 Jesus disse “fazei isto EM MEMÓRIA de mim” (I Co 11.24).
2 A expressão “em memória”, obviamente é porque o homenageado não está presente fisicamente.

D - Simbolicamente

1 Ministramos o pão e o vinho como símbolos do corpo e do sangue de Jesus.

IV – Erros na Eucaristia Católica

     Destacaremos apenas dois erros:

A – PRIMEIRO ERRO: Apenas o sacerdote participa do vinho. Os demais fiéis recebem apenas a hóstia (que é o pão). Isto foi estabelecido no Concílio de Constança e reafirmado no Concílio de Trento

REFUTAÇÃO

- Jesus deu aos discípulos o pão e o vinho (Mt 26.26-28)

 MATEUS 26.26-28 “26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.”

- Os discípulos também seguiram essa prática de ministrar as duas espécies (I Co 11.23-28)

I CORÍNTIOS 11.23-28 “23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 27 Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice;”

B – SEGUNDO ERRO: Ensinar que todos podem participar da eucaristia, não orientando os fiéis sobre a condenação que resulta da participação de maneira indigna.

REFUTAÇÃO

- A Bíblia mostra claramente sobre os perigos que corre aquele que participa da Ceia do Senhor indignamente. Por isso o apóstolo Paulo se sentiu na obrigação de alertar os crentes (I Co 11.28-30).

I CORÍNTIOS 11.28-30 “28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; 29 pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. 30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.”

CONCLUSÃO

É errado cultuar um dos elementos da Ceia do Senhor. Como é errado negar aos fiéis o vinho, que é símbolo do corpo do Senhor Jesus (Mc 14.22,23).
Sair em procissão levando um dos componentes da Ceia do Senhor é um ato de idolatria.




ANEXO

POSIÇÃO DA CEIA DO SENHOR DURANTE E APÓS A REFORMA

2. DURANTE E APÓS A REFORMA.

A - Os Reformadores, todos eles, rejeitaram a teoria sacrificial da Ceia do Senhor e a doutrina medieval da transubstanciação.
B - Diferiam, porém, em sua positiva elaboração da doutrina escriturística da ceia do Senhor.
C - Lutero insistia na interpretação literal das palavras da instituição e na presença corporal de Cristo na Ceia do Senhor.
D - Contudo, Lutero substituiu a doutrina da transubstanciação pela da consubstanciação, defendida exaustivamente por Occam em sua obra sobre o Sacramento do Altar (De Sacramento Altaris), e segundo a qual Cristo está “em, com e sob” os elementos.
E - Zwínglio negava absolutamente a presença corporal de Cristo na Ceia do Senhor e dava interpretação figurada das palavras da instituição.
F – Ele (Zwinglio) via primariamente no sacramento um ato de comemoração, embora não negasse que nele Cristo está espiritualmente presente à fé dos crentes.
G - Calvino defendia uma posição intermediária.
H - Calvino negava a presença corporal do Senhor no sacramento, mas em distinção de Zwínglio, insistia na presença real, ainda que espiritual, do Senhor na Ceia, na presença dele como uma fonte de virtude ou poder e eficácia.
I - Além disso, em vez de acentuar a Ceia do Senhor como ato do homem (quer de comemoração quer de profissão), Calvino salientava o fato de que ela é, acima de tudo, a expressão de uma dádiva da graça de Deus ao homem, e só secundariamente uma refeição comemorativa e um ato de profissão.
J - Para Calvino, como também para Lutero, era primordialmente um meio divinamente designado para o fortalecimento da fé.
K - Os socinianos, os arminianos e os menonitas viam na Ceia do Senhor apenas um memorial, um ato de profissão e um meio para melhoramento moral.
L - Sob a influência do racionalismo, este se tornou o conceito popular.
M - Scheleiermacher acentuava o fato de que a Ceia do Senhor é o meio pelo qual a comunhão de vida com Cristo é preservada de maneira particularmente dinâmica no seio da igreja.
N - Muitos dos teólogos “da Mediação”, embora pertencentes à igreja luterana, rejeitavam a doutrina da consubstanciação e aprovavam o conceito calvinista da presença espiritual de Cristo na Ceia do Senhor.

28 de maio de 2013

O testemunho do Pastor Renato Vargens sobre os jovens e adolescentes congregacionais



O TESTEMUNHO DE RENATO VARGENS SOBRE OS JOVENS E ADOLESCENTES CONGREGACIONAIS

Pr. Gilson Soares dos Santos

O Pr. Renato Vargens, um homem que Deus tem usado como profeta à igreja brasileira, esteve pregando a Palavra de Deus nos dois últimos congressos regionais do DNAEC (Departamento Nacional de Adolescentes Congregacionais), da 1ª e 2ª Regiões, da nossa querida Aliança das Igrejas Congregacionais. O Pr. Renato foi surpreendido com a maneira como Deus atuou no Congresso, levando jovens e adolescentes à oração de arrependimento e quebrantamento diante do Senhor.

Hoje, como faço quase todos os dias, dei uma passadinha rápida no blog do Pr. Renato, o que encontrei? Uma postagem definindo o que Deus tem feito com os nossos meninos e meninas congregacionais.

Tudo isso vem confirmar aquilo que tenho vivenciado aqui na Igreja Congregacional em Areia – PB:

Nos cultos de oração, lá estão os meninos e meninas desejosos pela face do Senhor!

Nos cultos de doutrina, são dezenas de rostinhos adolescentes e jovens buscando alimentar-se da Palavra!

Na Escola Bíblica Dominical, eles têm classe específica para aprofundar-se mais e mais no conhecimento da Palavra!

Nos cultos dominicais, eles lotam e enfeitam a igreja com suas roupas multicoloridas ou com dupla cor, seus sorrisos, sejam metálicos pelo uso de aparelhos ortodônticos ou límpidos pela ausência destes. Isso sem falar na festa que esses jovens e adolescentes fazem quando o culto termina e eles parecem não querer ir embora pra casa. Aqueles olhares pedindo pra ficar mais um pouquinho.

No evangelismo, quem encontro disposto a pregar a mensagem, única e exclusiva de Deus? Eles, os meninos e meninas congregacionais!

Na Teologia, são eles que mais me fazem perguntas, em busca de conhecimento bíblico, de conhecimento teológico. A maior prova está aqui em casa: tenho uma jovem (Micaelle), um adolescente (Álef), e até uma criança (Michelle), desejosos de aprofundamento bíblico-teológico.

Na música, são eles que tem resgatado a boa música do Logos, do Sérgio Lopes, do João Alexandre e outros.

Alguns deles estavam lá no Congresso, outros estavam aqui, no culto do sábado à noite, me ouvindo trazer uma palestra sobre “as novas igrejas que se apresentam como evangélicas”, mas que não são herdeiras da Reforma.

Eu sei, falta muita coisa ainda, mas, estamos nós - eu, minha esposa, todos os adultos, oficiais e anciãos da igreja - orando, incessantemente, para que essa turminha, esse pequeno rebanho, continue deixando pastores do “quilate” de Renato Vargens impressionados e com a certeza que seja possível um avivamento no Brasil.


Abaixo, copiei e colei a postagem do Pr. Renato Vargens: (se quiser ler diretamente do blog do Pr. Renato, clique aqui)


UM BELO TESTEMUNHO DE 

ADOLESCENTES QUE AMAM E 

QUEREM SERVIR AO SENHOR

Por Renato Vargens

Nas dois últimos finais de semana estive pregando em dois Congressos de adolescentes e jovens nas cidades de Recife e João Pessoa promovidos pela Aliança das Igrejas Congregacionais. Sem sombra de dúvidas foram encontros marcantes. Em ambas oportunidades pude compartilhar a mensagem do evangelho a públicos extremamente desejosos em servir ao Senhor. Contudo, o que aconteceu nesse final de semana na Paraíba muito me impressionou. 

Ao final de cada mensagem pregada era comum encontrar dezenas de meninos e meninas prostrados aos pés do Senhor confessando pecados e  consagrando-se a Deus. Verdadeiramente foram dias especiais.

Prezado amigo, o fato de ter testemunhado tamanho desejo de servir a Deus em gente tão jovem me traz a certeza de que seja possível um avivamento no Brasil.

Parabéns a Aliança das Igrejas Congregacionais, ao Pastor Aurivan Marinho, ao Neto que coordenou os dois eventos e principalmente a garotada que apesar de muito jovem  mostrou-se disposta a servir ao Senhor de todo coração.

Soli Deo Gloria!

Renato Vargens

24 de maio de 2013

Qual a diferença entre "Logos" e "Rhema"?

QUAL A DIFERENÇA ENTRE “LOGOS” E “RHEMA”?

Pr. Gilson Soares dos Santos

Os “profetas” da Teologia da Prosperidade ensinam que há uma enorme diferença entre “Logos” e “Rhema”. Eles têm ensinado que “Logos” é a palavra dita de Deus, e “Rhema” é a palavra dizente de Deus. Será que é isso mesmo?

Postamos a seguir um pequeno comentário do Dr. Paulo Romeiro sobre “Logos” e “Rhema”, extraído do seu livro SUPERCRENTES, publicado pela Editora Mundo Cristão. Veja o que escreve Romeiro:


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Há dois termos na língua grega para o vocábulo ''palavra": logos e rhema. Os pregadores da confissão positiva estão sempre fazendo um grande alarde sobre uma suposta distinção entre estas duas palavras. Entretanto, há pouca diferença entre estes dois termos no grego original. Seria como "enorme" e "imenso" no português. Michael Horton esclarece:

Os ensinadores da fé inventavam uma falsa distinção de significado entre essas duas palavras  gregas. Rhema, dizem eles, é a ''palavra'' que os crentes usam para “decretar” ou "declarar" a fim de trazer prosperidade ou cura para esta dimensão. É o "abracadabra". Depois vem logos, ou "a palavra de revelação" que é a palavra mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode-se referir também à Bíblia, mas é geralmente empregado no contexto de sonhos, visões e comunicações particulares entre Deus e seu "agente". Assim, quando alguém lê uma referência na literatura do pregador da fé à "Palavra de Deus", ou "agir sobre a Palavra" e outras, o autor não está mais se referindo à Palavra de Deus escrita, a Bíblia, mas, sim, ao seu próprio "decreto" (rhema) ou uma palavra pessoal de Deus para ele (logos).

Conversando no início de 1991 com o Dr. Russell Shedd (uma das maiores autoridades em Novo Testamento, do Brasil) sobre este assunto, ele comentou que o apóstolo Pedro não fez distinção entre estes dois termos quando escreveu 1 Pedro 1:23-25:

v. 23: pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente. 
v. 24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; 
v. 25: a palavra (rhema) do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema) que vos foi evangelizada.

Esta passagem é uma citação de Isaías 40:6-8. Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, o termo grego para "palavra", no versículo 8, é (rhema), ficando assim confirmada a despreocupação de Pedro em usar tanto um termo quanto o outro como sinônimos.


(ROMEIRO, Paulo. Super Crentes. 6.ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1996. p. 28-29.)