O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

30 de julho de 2013

Projeto Missionário 2014 - Aliança Congregacional, Evangelizando o Brasil

 
PROJETO MISSIONÁRIO 2014 - ALIANÇA CONGREGACIONAL, EVANGELIZANDO O BRASIL
 
Pr. Gilson Soares dos Santos
 
 
A Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB - ALIANÇA) realizará, através dos seus Departamentos Nacionais, DEMEC - DENAEC - DOM, os 34º e 35º Projetos Missionários.
 
O 34º Projeto Missionário será realizado na cidade de Caicó/RN, do dia 06 ao dia 27 de Janeiro de 2014.
 
O 35º Projeto Missionário será realizado em Aparecida de Goiânia - Residencial Santa Fé - Parque Amazônia - Goiânia/GO, do dia 30 de Junho a 21 de Julho de 2014.
 
Para maiores informações, ligue: (83) 9997-9412 ou (81) 9892-0202.
 



25 de julho de 2013

Um pouco da história da Igreja Congregacional em Areia - PB


UM POUCO DA HISTÓRIA DA IGREJA CONGREGACIONAL DE AREIA/PB
 
Pr. Gilson Soares dos Santos
 
O pequeno resumo a seguir, sobre a história da igreja congregacional de Areia/PB, foi extraído a partir de Atas e Documentos existentes no acervo da igreja.
 
01 COMO O CONGREGACIONALISMO CHEGOU A AREIA?
 
A – Tudo teve início em meados dos anos 20, quando o Rev. Júlio Leitão de Melo empreendeu uma viagem missionária à cidade de Areia. Alguns documentos colocam a data inicial em 1919.
 
B – Em 1924 fixou residência na cidade de Areia, pregando o evangelho e formado a nova igreja.
 
C – No ano de 1934, o Rev. Júlio Leitão de Melo retorna para Pernambuco, deixando um grupo de irmãos e muita gente evangelizada.
 
D – Após a partida do Rev. Júlio Leitão, o irmão Olegário de Brito comprou uma casa, onde se deu a abertura da congregação, a qual ficou sob a responsabilidade da Missão Evangelizadora do Nordeste (MEN).
 
02 COMO ACONTECEU A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA EVANGÉLICA CONGREGACIONAL DE AREIA?
 
A - Às 19 horas e 30 minutos, do dia 24 de Julho de 1971, com a presença de 23 membros de ambos os sexos, e uma multidão de congregados e visitantes aconteceu o Culto de Organização da Igreja Evangélica Congregacional “Monte da Bênção em AreiA.
 
B – O Rev. Dr. Raul de Souza Costa, Pastor da 1ª Igreja Congregacional de Campina Grande – PB, veio com um grupo de irmãos para o evento de Emancipação da Congregação em Areia. Eram eles: Presbítero Gilvan Rodrigues, e do Diácono Eudalio Pontes. Estava também presente ao Culto o Pr. Sebastião Claudino da Assembléia de Deus em Areia.
 
C - Foi iniciada a Sessão Extraordinária. Depois de um período de cânticos de corinhos dirigidos pelo Evangelista José Marques do Ó, e o Rev. Raul, antes da abertura da Sessão, realizou batismo dos seguintes irmãos: Antonio Pereira da Silva, casado, paraibano; Diomar Gonçalves, casada, paraibana; Nair da Silva Lima, casada, paraibana; Maria José Paulo da Silva, solteira, paraibana; e por jurisdição foram arroladas as irmãs: Maria Valdice Lima de Souza, casada, sergipana; e Julia Maria da Conceição, casada, cearense. Em seguida, o pastor Raul, consagrou algumas crianças e logo após consagrou um diácono o irmão José Batista da Silva, que com a imposição das mãos dos pastores e presbíteros, o celebrante Rev. Raul, solicitou ao pastor Sebastião Claudino, da Assembléia de Deus, para pedir as bênçãos de Deus ao ato de consagração.
 
D – Em seguida foi eleita a primeira diretoria da Igreja, os primeiros oficiais, a Diretoria da SAF, Diretoria de Patrimônio e Diretoria da Escola Bíblica Dominical.
 
03 QUAIS FORAM OS PRIMEIROS MEMBROS DA IEC MONTE DA BÊNÇÃO?
 
Rev – Raul de Souza Costa
Pastor – Presidente
1 – Presbítero – José Marques do Ó
2 – Maria de Lourdes Paulo da Silva
3 – Francisca de Oliveira
4 – Antonia de Oliveira
6 – Maria de Lourdes Paulo
7 – Secretaria – Eclesiatica
8 – Maria José Paulo da Silva
9 – José Batista da Silva
10 – Maria da Conceição França Silva
11 – Antonio Pereira da Silva
12 – Diomar Gonçalves da Silva
13 – Nau da Silva Lima
14 – Julia Maria da Conceição
15 – Francisca Moreira Xavier
16 – Vitoria Gomes da Silva
17 – Luiza Lima Almeida
18 – Luiza Lima do Nascimento
19 – Josete Lima
20 – Maria Liberalina
21 – Jose Luiz da Silva
22 – Vera Lúcia França da Silva
23 – Miriam Laura França da Silva.
 
04 COMO A IGREJA CONTINUOU?
 
Vejamos:
 
A – O Presb. José Marques do Ó ficou sendo o dirigente da igreja até o ano de 1976, quando foi transferido para alagoa Nova – PB.
 
B – A partir daí, a Missão Evangelizadora do Nordeste (MEN) assumiu a direção da Igreja, escalando vários pastores, obreiros evangelistas que davam assistência à IEC de Areia.
 
C – Em 1989, o Presb. José Marques do Ó reassumiu a liderança da Igreja.
 
D - Em Fevereiro de 1993, O Presb. José Marques do Ó solicitou ao Presidente da Aliança que indicasse um Pastor para assumir o Pastorado da Igreja em Areia. Foram indicados os seguintes pastores: Pr. José Carlos Nunes, Pr. Manoel Marreiro Neto e Pr. Marcone de Carvalho Santana.
 
E – A Igreja elegeu, por maioria de votos, o Pr. Marcone de Carvalho Santana, que naquele mesmo ano (1993) assumiu o pastorado da Igreja.
 
F – O Rev. Marcone de Carvalho Santana realizou, pelo poder de Deus, excelente trabalho na IEC Monte da Bênção, Areia – PB.
 
G – No ano de 2007, o Rev. Marcone deixa o pastorado da Igreja, indo pastorear em Goiana – PE.
 
E – A Igreja fica sob a direção do Presb. Cosmo Ribeiro da Silva.
 
G – No da 01 de maio de 2008 chega à Areia o Rev. Gilson Soares dos Santos, que havia pastoreado a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité durante 15 anos (1993-2008). Junto com sua família: Miss. Selma Rodrigues B. Santos (esposa), Micaelle Rodrigues Santos (filha), Álef Mikhael Rodrigues Santos (filho), Michelle Rodrigues Santos (filha) e Aline Giselly Santos Donato (sobrinha).
 
H – No dia 04 de Maio de 2008 é empossado, pelo Rev. Sérgio Paulo Menezes, como Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional Monte da Bênção em Areia – PB.


05 COMO É A LIDERANÇA DA IGREJA CONGREGACIONAL DE AREIA HOJE

 Vejamos:

PASTORES:

Pr. Gilson Soares dos Santos (Pastor Titular)
Pr. Noaldo Belarmino de Oliveira Lima (Co-Pastor)

 
PRESBÍTEROS:

Presb. Cosmo da Silva Ribeiro
Presb. Luis de Souza Felix

DIÁCONOS

Diác. Antonio Berto Dantas
Diác. Antonio Jorge dos Santos
Diác. Adriano dos Santos
Diác. Arlindo Silva Lima
Diac. Francisco Martins C. Sobrinho
Diác. José Barbosa da Silva
Diác. Severino dos Ramos Vieira da Silva


MISSIONÁRIAS

Miss. Gerlândia Luzianna de Lima Cardoso
Miss. Maria Deuzamar de França Silva
Miss. Sandra Maria Alves de Lima
Miss. Selma Rodrigues Bezerra Santos

SEMINARISTAS

Sem. Luiz Antonio Vieira
Sem. Francinaldo de Lima

UNIÕES E DEPARTAMENTOS/DIRETORES

DIJ - Departamento Infantil Juvenil – Maria Mônica Felisberto Gonçalves
UAEC - União de Adolescentes Evangélicos Congregacionais – Katiana Tavares da Silva
UMEC – União de Mocidade Evangélica Congregacional – Anderson dos Santos Felix
UAC – União de Auxiliadoras Congregacionais – Miss. Selma Rodrigues B. Santos
UHC – União de Homens Congregacionais – Antonio Felix Sobrinho
UECC – União Evangélica de Casais Congregacionais – Pr. Gilson Soares e Miss. Selma Santos
DEM – Departamento de Evangelização e Missões – Miss. Gerlândia Luziana de L. Cardoso
DML – Departamento de Música e Louvor – Elton Gonçalves da Silva
EBD – Escola Bíblica Dominical – Sem. Luiz Antonio Vieira

CONGREGAÇÕES/DIRIGENTES

Congregação em Remigio/PB – Pr. Noaldo Belarmino de Oliveira Lima
Congregação em Cepilho/Areia – Presb. Cosmo da Silva Ribeiro
Congregação no Bairro Universitário/Areia – Miss. Deuzamar de França Silva
Ponto de Pregação no Conj. Padre Maia/Areia – Miss. Gerlândia Luziana L. Cardoso

23 de julho de 2013

O papado é bíblico, extrabíblico ou antibíblico?


O PAPADO É BÍBLICO, EXTRABÍBLICO OU ANTIBÍBLICO?
 
Pr. Gilson Soares dos Santos
 

INTRODUÇÃO

 
A igreja católica tem o papa como:

·         Sumo Pontífice.
·         Vigário do Filho de Deus.
·         Infalível Padre.
·         Sucessor de Pedro.
·         Príncipe dos apóstolos.
·         Soberano do Estado do Vaticano.
·         Sua Santidade.
·         Etc.

A doutrina católica sobre o papa é bíblica, extra bíblica ou anti-bíblica?
 
Bíblica: significa que tem base na Palavra de Deus.
Extrabíblica: significa que, embora não esteja na Bíblia não vai contra o texto Sagrado.
Antibíblica: significa que é uma doutrina que vai contra a Palavra, é considerada uma heresia.

 
Para saber se ela é bíblica, vamos analisar pela Bíblia.

 
I – O PAPADO É UMA DOUTRINA ANTIBÍBLICA, PELAS SEGUINTES RAZÕES:

 
1 – A Igreja Católica ensina que Pedro foi o primeiro Papa.

O catolicismo ensina que Pedro foi o primeiro papa. Mas será que a Bíblia dá margem à esse tipo de ensino?

 
2 – O que diz a Bíblia

A Bíblia diz que Pedro era presbítero (I Pe 5.1).

A Bíblia diz que Pedro era apóstolo (I Pe 1.1)

A Bíblia diz que Pedro era casado (Mt 8.14)

Um papa não pode casar, então concluímos que o papa não pode ser sucessor de Pedro, pois a ele é negado o casamento.

 
3 – A Igreja Católica ensina que o papa é o cabeça da igreja

A igreja católica afirma que o papa é o chefe (cabeça) da igreja).

O Concílio Ecumênico Vaticano II em sua Constituição Dogmática “Lumem Gentium” (§22), promulgada em 21 de Novembro de 1964, proclama: “Pois o Romano Pontífice é Pastor de toda a Igreja. Possui na Igreja Poder Pleno, Supremo e Universal”.

 
4 – O que a Bíblia ensina

Em colossenses 1.17,18 a Bíblia afirma que Cristo é a cabeça da igreja.

Em Efésios 1.22,23 Cristo que é a cabeça deu autoridade à igreja.

 

5 – A Igreja católica chama o chefe deles de “papa” que quer dizer “pai”.

A palavra “papa” significa “papai” ou “pai”.

Para os católicos o papa é pai espiritual de todos os fieis.

 
6 – O que diz a Bíblia

Em Mateus 23.7-10 a Bíblia afirma que não devemos chamar a ninguém de “pai”, no sentido espiritual, porque somente um é nosso pai.

 
7 – A igreja católica chama o papa de sumo-pontífice

Essa expressão mostra que ele é, segundo o catolicismo, o Sumo-Pastor da igreja.

 
8 – O que a Bíblia diz

A Bíblia afirma lá em I Pedro 5.1-4 que somente Jesus é o Sumo-Pastor.

 
9 – As leis canônicas da igreja católica dá ao papa o direito de ser venerado

As pessoas se prostram diante do papa em sinal de veneração.

 
10 – O que a Bíblia diz:

A Bíblia mostra que Pedro não aceitou quando Cornélio prostrou-se diante dele (Atos 10.25,16).

 
11 – O papa prega um evangelho diferente do que está na Bíblia

Sabemos que os ensinamentos do papa são os ensinamentos da igreja católica, e é um evangelho diferente daquele que a Bíblia ensina.

 
12 – O que diz a Bíblia

Quem pregar um evangelho diferente daquele que está na Palavra, inclusive o papa, deve ser, tal evangelho, considerado maldito (Gl 1.8,9)

 
13 – A igreja católica considera o papa o maior entre eles

Para o catolicismo o papa é o maior, sendo a maior autoridade da igreja.

 
14 – O que diz a Bíblia

Jesus mostrou que o maior será o menor (Mc 9.33,34)

 
15 – A Igreja católica toma por base os seguintes textos para a autoridade de Pedro e dos papas

Mateus 16.18,19 para afirmar que Jesus edificou sua igreja sobre e lhe deu as chaves do reino dos céus.

 
16 – O que diz a Bíblia

A autoridade de ligar e desligar não é dada somente a Pedro, mas a todos os demais apóstolos (Mt 18.18,19)

A palavra não é será ligada, mas terá sido ligado.

 
17 – Para a igreja católica o papa tem autoridade sobre as Escrituras

Segundo o catolicismo, o papa é o representante de Deus, tendo poder superior às Escrituras.

 
18 – O que diz a Bíblia

A Bíblia afirma que ninguém pode acrescentar ou subtrair nada da Bíblia (Ap 22.18,19)

 
19 – A Igreja Católica afirma que o papa é o vigário de Cristo.

O ensinamento do catolicismo é que o papa é o vigário do Filho de Deus. O que isto quer dizer? A palavra vigário procede de dois termos latinos: VICEM GERERE, e significa “fazer a vez de outrem”, “ocupar o lugar de outrem”, “substituir outro”.

Para a igreja católica, neste caso, o papa é o substituto de Cristo, ele faz a vez de Cristo.

 
20 – O que diz a Bíblia

Jesus deixou bem claro que o seu substituto junto à igreja, aquele que estaria em seu lugar junto da igreja, é o Espírito Santo. Basta a gente ler os capítulos 14 e 16 de João e compreenderemos que o Espírito Santo é quem pode ser considerado o Outro Consolador que veio para estar com a igreja.

Nenhum ser humano pode fazer a vez de Cristo. Nenhum ser humano pode substituir Cristo.

 
CONCLUSÃO
 
 
O papado é uma heresia, portanto é algo antibíblico.

Enquanto a igreja católica mantiver o papa sustentando as doutrinas erradas, continuará sendo um povo distante da verdade do Evangelho.

19 de julho de 2013

Quem foi Melquisedeque? Eles respondem

QUEM FOI MELQUISEDEQUE? ELES RESPONDEM

Pr. Gilson Soares dos Santos

Melquisedeque é um dos personagens bíblicos que mais chamam a atenção. Seu nome aparece nas páginas sagradas nos seguintes textos: Gênesis 14.18; Salmos 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17, mas sempre deixa algumas interrogações na mente dos leitores do texto sagrado.

Separei respostas de teólogos e pregadores sobre quem é melquisedeque. Coloquei em forma de pergunta (feita por mim) e respostas (retiradas dos escritos de teólogos e pregadores). Então vamos aprender o que eles dizem sobre Melquisedeque.

PRIMEIRA ENTREVISTA: AUTORES DO DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE: CHARLES F. PFEIFFER, HOWARD F. VOS E JOHN REA

PR. GILSON: Onde Melquisedeque é mencionado na Bíblia?

AUTORES DO WYCLIFFE: Em hebraico malkisedeq ou “rei da justiça”, é mencionado em Gênesis 14.18; Salmos 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17.

PR. GILSON: Quem era ele?

AUTORES DO WYCLIFFE: No livro de Gênesis ele é um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da batalha. Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado com um anjo (Orígenes), com o Espírito Santo (Epifânio), com o Senhor Jesus Cristo (Ambrósio), com Enoque (Calmet) e Sem (Targuns, Jerônimo, Lutero) et. al.

PR. GILSON: Qual seria, então, a religião de Melquisedeque?

AUTORES DO WYCLIFFE: Quanto à religião, ele era “sacerdote do Deus Altíssimo” (el ‘elyon). Os textos de Ras Shamra mostraram que as cidades cananéias tinham sumo sacerdotes na primeira metade do segundo milênio a.C., e que Idrimi, rei de Alalakh, ao norte da Síria, em aprox. 1500 a.C., era o representante pessoal do seu deus e aquele que oficiava no santuário. Dessa forma, o relato de Gênesis não precisa ser considerado anacrônico. Não existe qualquer concordância sobre o fato de Melquisedeque ser um adorador de Jeová ou de Baal.

(PFEIFFER, Charles F; VOS, Howard F; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. Rio de Janeiro. CPAD. 2006. p.1247-48.)

SEGUNDA ENTREVISTA: NORMAN GEISLER E THOMAS HOWE

PR. GILSON: O que a Bíblia nos diz sobre Melquisedeque?

GEISLER E HOWE: Com base em Hebreus 7, alguns têm interpretado Melquisedeque como tendo sido um anjo ou até mesmo como uma aparição de Cristo. Isso não é provável, já que o autor de hebreus apresenta Melquisedeque como sendo um tipo de Cristo. Em Gênesis, Melquisedeque é apresentado de maneira usual e histórica. Ele encontra-se com Abraão e com ele conversa normalmente. Não há razão, seja arqueologia ou de qualquer outra origem, para que se questione quanto a personalidade histórica de Melquisedeque.

PR. GILSON: O escritor aos Hebreus diz que Melquisedeque não teve pai nem mãe, não teve princípio nem fim de dias e foi feito semelhante ao Filho de Deus, o que significa tudo isto?

GEISLER E HOWE: Hebreus nos diz que Melquisedeque “não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus... permanece sacerdote perpetuamente” (Hb 7.3). Como Jesus assumiu esse sacerdócio (7.21), alguns que aceitam a reencarnação usam a passagem citada para provar que ele é uma reencarnação de Melquisedeque. Será que eles têm razão? Não, isso é um mau uso dessa passagem, o que está claro por diversas razões. Em primeiro lugar, ela diz apenas que Melquisedeque foi “feito semelhante” a Jesus, e não diz que Jesus era Melquisedeque (Hb 7.3). Em segundo lugar, diz apenas que Cristo foi um sacerdote “segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.17), e não que ele era Melquisedeque. Finalmente, o fato de que Melquisedeque tenha sido misterioso em seu nascimento e morte, sem genealogia (Hb 7.3), não prova a reencarnação – isso foi usado apenas como uma analogia ao eterno Messias, Jesus Cristo.

(GEISLER. Norman; HOWE. Thomas, Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão. 1999. pp. 51-52, 521-522).

TERCEIRA ENTREVISTA: AUTORES DO COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO, NA PESSOA DE SEU EDITOR TOKUNBOH ADEYEMO

PR. GILSON: Melquisedeque é Jesus?

ADEYEMO: É possível que Melquisedeque fosse apenas um líder local de Salém (chamada posteriormente de Jerusalém) e um jebuseu (pois, mais tarde, Jerusalém ficou sob o controle dos jebuseus – 2Sm 5:6-7).

PR. GILSON: Será que ele era apenas um líder local? Pois os textos bíblicos lhe dão destaque.

ADEYEMO: Tendo em vista a aparição repentina de um sacerdote misterioso do Deus verdadeiro chamado por um nome que significa “rei da retidão”, não é de surpreender a fascinação que exerceu sobre gerações posteriores. Davi se refere a ele como representante de uma ordem especial de sacerdotes “segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4). Os autores do NT, especialmente o autor de Hebreus, apresentam-no como símbolo da identidade de Cristo em seu papel de sacerdote (Hb 5.6,10; 6.20; 7.11). O fato de ele simplesmente aparecer e desaparecer sem nenhum detalhe histórico a seu respeito levou o autor de Hebreus a descrevê-lo como “sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus [...], permanece sacerdote perpetuamente” (Hb 7:3). Essas referências levaram algumas pessoas a imaginar se é suficiente considerar Melquisedeque apenas rei de Salém, um líder local. Assim, há quem acredite que, como “rei de Salém” significa “rei da paz” (Hb 7.2a), e Melquisedeque pode ser traduzido como “rei da justiça” (Hb 7.2b), trata-se, então, do próprio Cristo numa aparição pré-encarnada. Conforme outro ponto de vista, Melquisedeque é um título usado para Sem, que talvez ainda estivesse vivo na época, caso tivesse chegado a 600 anos, quando saiu ao encontro de seu descendente Abrão. De acordo com essa linha de raciocínio, a “ordem” sacerdotal à qual Melquisedeque pertence se estendeu de Sem, passando por Judá, até Cristo.

PR. GILSON: O que mais é possível destacarmos em Melquisedeque?

ADEYEMO: Ele é a primeira pessoa mencionada na Bíblia com o título de “sacerdote”, e é descrito como sacerdote do Deus Altíssimo (14.18b). Além disso, Melquisedeque abençoou Abrão, numa oração em que primeiro pediu bênçãos sobre Abrão e depois louvou a Deus por entregar os inimigos de Abrão em suas mãos (14.19-20a).

(ADEYEMO. Tokunboh (editor geral), Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão. 2010. P. 33-34; 1537-1538.).

QUARTA ENTREVISTA: GLEASON ARCHER

PR. GILSON: Melquisedeque foi uma pessoa histórica real ou uma figura mitológica?

ARCHER: O relato de Gênesis 14.18-20 parece um episódio eminentemente histórico, da mesma forma que é real o resto do capítulo. A passagem nos fala da existência de um rei-sacerdote de Salém (isto é, Jerusalém, com toda a probabilidade) chamado Melquisedeque, o qual se achou na obrigação de saudar Abraão que voltava da guerra do morticínio dos reis da Mesopotâmia, invasores, entre Dã e Hobá (v. 15) e suprir-lhe as provisões para seus soldados fatigados da guerra. Deu-lhe os parabéns pela vitória heróica e derramou uma bênção sobre ele, em nome do “Deus Altíssimo” (‘El ‘Elyôn) – título jamais aplicado nas Escrituras a alguém, exceto ao próprio Iavé. É óbvio que Melquisedeque era um verdadeiro crente que havia permanecido fiel ao culto ao autêntico e único Deus (da mesma forma que Jó e seus conselheiros do norte da Arábia; Jetro, o sogro de Moisés; e Balaão, vindo de Petor no vale do Eufrates). O testemunho de Noé e de seus filhos evidentemente fora mantido em outras partes do Oriente Médio, além de Ur e Harã.

PR. GILSON: O escritor aos Hebreus diz que ele não tinha pai nem mãe, não tinha princípio de dias nem fim de dias e foi feito semelhante ao Altíssimo, Melquisedeque é Jesus Cristo pré-encarnado?

ARCHER: Houve, todavia, um aspecto de grande importância a respeito da maneira como Melquisedeque foi colocado dentro dessa narrativa: seus pais não são mencionados, não havendo declaração alguma a respeito de seu nascimento e morte. A razão dessa falta de informações se torna clara em Hebreus 7.3: “sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito à semelhança do Filho de Deus, permanece sacerdote perpetuamente”. O contexto esclarece que Melquisedeque entrou em cena como um tipo do Messias, o Senhor Jesus. A fim de salientar essa característica típica desse sumo sacerdote, o registro bíblico de propósito omite a menção de seu nascimento, filiação, parentesco e linha genealógica. Isso não quer dizer que ele não teve pai – e é certo que sua mãe, Maria, é mencionada nos evangelhos, nem que ele jamais nascera (pois até Cristo, em sua forma humana, teve seu natal). É que o aparecimento dramático e repentino de Melquisedeque ficou mais saliente quando ele foi apresentado como porta voz do Senhor a Abraão, servindo como arquétipo do futuro Cristo, que derramaria bênçãos sobre o povo de Deus.

PR. GILSON: Eu vou insistir na pergunta, quem era Melquisedeque? Um anjo? Cristo pré-encarnado? Ou era um rei comum daquelas regiões?

ARCHER: A despeito das tradições fantasiosas mantidas e ensinadas por alguns rabinos (que apareceram bem cedo, ao surgir a seita de Qumran – cf. Fragmento de Melquisedeque da caverna 11), segundo a qual Melquisedeque teria sido uma espécie de anjo ou ser sobrenatural, os dados da própria Escritura apontam com clareza para a historicidade desse homem como sendo o rei de Jerusalém, nos dias de Abraão. Sua descrição em Hebreus 7.3 como apator, ametor, agenealogetos (“sem pai, sem mãe e sem genealogia”) não pode significar que Melquisedeque jamais teve pais, nem linha de ancestrais, visto que ele era um tipo de Jesus Cristo, a respeito de quem nenhum dessas palavras é literalmente verdadeira. Antes, esses versículo simplesmente significa que nenhum desses itens de informação foi concluído no registro de Gênesis 14, e foram omitidos, de propósito, a fim de enfatizar a natureza divina e a impossibilidade de o Messias, o antítipo, vir a perecer.

(ARCHER. Gleason, Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas. São Paulo: Vida. 1998. pp. 98-99)

QUINTA ENTREVISTA: JOHN MACARTHUR JR

PR. GILSON: Sobre a pessoa de Melquisedeque, temos poucos detalhes biográficos, quem era Melquisedeque?

MACARTHUR: A falta de detalhes biográficos e genealógicos desse governante, cujo nome significa “rei justo” e que era sumo sacerdote da antiga Jerusalém, foi mais tarde, com base em outras revelações, identificado como um tipo de Cristo (cf. Sl 110.4; Hb 7.17,21).

PR. GILSON: Quando o texto de Hebreus 7.3 diz que ele não teve pai nem mãe, não teve princípio nem fim de existência, será que Melquisedeque não é o próprio Cristo?

MACARTHUR: Sua parentela e origem são desconhecidos porque era irrelevantes para o exercício do seu sacerdócio. Ao contrário de algumas interpretações, Melquisedeque teve um pai e uma mãe. A antiga Peshita siríaca fornece uma tradução mais preciosa do que a expressão grega queria dizer: “cujo pai e mãe não estão escritos em genealogias”.

PR. GILSON: Quanto a expressão em Hebreus 7.3 “feito semelhante ao Filho de Deus”, quem pode ser semelhante a Cristo, senão ele mesmo?

MACARTHUR: “Feito à semelhança de”; esta palavra não é usada em nenhuma outra passagem do NT. A implicação é que a semelhança com Cristo está na maneira como a história de Melquisedeque é relatada no AT, e não no próprio Melquisedeque. Ele não foi o Cristo pre-encarnado, como defendem alguns, mas foi semelhante a Cristo no sentido de que o seu sacerdócio foi universal., real, justo, pacífico e interminável.

(JR, John Macarhtur. Bíblia de Estudo Macarthur. BARUERI: SBB. 2010. p. 35 e1698.)