O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

28 de junho de 2014

Como criar uma cultura evangelística na igreja


COMO CRIAR UMA CULTURA EVANGELÍSTICA NA IGREJA

Pr. Gilson Soares dos Santos

Certa vez, alguém disse que “uma igreja que não evangeliza, brevemente deixará de ser evangélica”. Em outros termos: uma igreja não evangelística não pode ser considerada evangélica, pois a missão é “ide, pregai o Evangelho”.

Quero reproduzir o artigo de Mike McKinley, encontrado em http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/698/3_Ingredientes_para_uma_Cultura_Evangelistica_na_Igreja (acesso em 26/06/2014) sobre Três ingredientes para uma cultura evangelística na igreja. Oro para que as igrejas tenham membros que amem o Evangelho.

Leia o artigo e seja edificado.

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3 INGREDIENTES PARA UMA CULTURA EVANGELÍSTICA NA IGREJA

Mike McKinley – 23 de Junho de 2014 – Cultura

Eu estou convencido de que é melhor que a sua igreja tenha uma cultura evangelística do que apenas uma série de programas evangelísticos.

Em uma igreja com uma abordagem evangelística orientada por programas, compartilhar o evangelho pode se tornar algo mais para certas pessoas em certos momentos, como quando a equipe de evangelismo sai para fazer visitações.

Mas em uma igreja com uma cultura evangelística, cada membro é encorajado a desempenhar um papel dentro do esforço geral da igreja, para alcançar pessoas à sua volta com a mensagem da salvação em Jesus. Evangelismo se torna parte da vida de todo crente.

Três ingredientes de uma cultura evangelística

Se você está procurando criar uma cultura evangelística na sua igreja local, aqui estão três ingredientes que podem ajudar.

1. O Evangelho: o Combustível para uma Cultura Evangelística

A mensagem do evangelho é o combustível que alimenta uma cultura evangelística em uma igreja. Todos nós naturalmente compartilhamos coisas que animam os nossos corações. Se os Philadelphia Eagles algum dia ganhassem o Super Bowl (eu sei...), você não conseguiria me fazer parar de falar sobre isso. Da mesma maneira, se queremos criar culturas em nossa igreja onde é natural que os membros falem sobre a mensagem do evangelho a não-cristãos, então precisamos ajudar os nossos membros a se apaixonarem profundamente pelo evangelho.

Isso significa que eles precisam entender a mensagem do evangelho. Significa também que a beleza da mensagem do evangelho deve ser colocada em evidência semana após semana nas nossas igrejas. Quando cristãos compreendem verdadeiramente a profundidade do seu pecado, a maravilhosa santidade de Deus, a perfeição de Cristo, a profundidade de seu sofrimento por eles, o poder da ressurreição e o dom da vida eterna para todos os que se arrependem e creem, as nossas afeições por Cristo crescerão.

A mensagem do evangelho também liberta cristãos de motivações que podem levá-los a não gostar de evangelismo. O evangelho diz que nós não temos que evangelizar para ganhar o amor de Deus. Nossa posição na família de Deus não depende do quão frequentemente compartilhamos o evangelho. Em vez disso, podemos ter certeza do amor de Deus, o que nos liberta da esmagadora preocupação com a opinião das pessoas à nossa volta, o que nos faz ter medo de falar sobre Jesus.

2. Oração: o Poder de uma Cultura Evangelística

Segundo, uma igreja que está compartilhando o evangelho deve ser comprometida com a oração. O evangelismo parece ser uma tarefa sem muita esperança. Nós estamos chamando pessoas espiritualmente mortas a abraçar a vida. Como equiparemos e encorajaremos pessoas para esse trabalho? Isso parece absolutamente inútil.

É por isso que uma cultura evangelística deve começar com uma cultura de oração. Na oração, os cristãos vão ao Senhor com uma confissão da sua insuficiência para a tarefa do evangelismo e da suficiente força de Deus. Somente Deus pode fazer as sementes que plantamos brotarem para a vida eterna em nossos ouvintes, então devemos começar com a oração.

Na nossa igreja, isso acontece especialmente nas noites de domingo. Nós nos reunimos como congregação para orar para que o Senhor espalhe o seu evangelho através de nós. As pessoas compartilham conversas sobre o evangelho que tiveram durante a semana anterior ou oportunidades que elas esperam ter na semana que virá.

Esse momento de oração serve para alguns propósitos. Em primeiro lugar, ele é um comprometimento dessas coisas ao Senhor, que normalmente faz com que peçamos antes que recebamos (Tg 4.2).

Em segundo lugar, ele envolve toda a igreja no trabalho de compartilhar o evangelho. Não é um fardo ou um projeto que empreendemos sozinhos, mas temos irmãos e irmãs para orar e nos encorajar.
Em terceiro lugar, esse compartilhamento deixa claro que evangelismo é trabalho de cristãos "normais". As pessoas que pedem por oração normalmente não são pastores, presbíteros ou evangelistas talentosos. São apenas crentes que abraçaram o seu chamado de compartilhar as boas novas com as pessoas à sua volta.

Por último, esse momento de oração dá às pessoas um bom ponto para começar a alcançar os seus vizinhos e colegas de trabalho. Se as pessoas estão nervosas ou incertas quanto a compartilhar as boas novas, nós as encorajamos a começar com oração. Elas podem orar para que o Senhor dê a elas oportunidades, e que ele traga à atenção delas pessoas que precisam do evangelho. Esse é um primeiro passo muito menos intimidador do que sair correndo com um folheto na mão.

3. Treinamento: o modelo para uma Cultura Evangelística.

Um terceiro ingrediente é treinamento, o modelo para uma cultura evangelística. Lembre-se de que o objetivo é que as nossas igrejas tenham culturas evangelísticas em vez de meros programas evangelísticos. Mas isso não significa que não haja lugar para que a liderança organize e equipe pessoas para compartilhar o evangelho. Na verdade, um amor pelo evangelho e oração podem não ser o suficiente para motivar cristãos a um estilo de vida de evangelismo.

Embora o evangelismo venha naturalmente para algumas pessoas na sua congregação, haverá muitas outras que amam o evangelho e oram fielmente, mas ainda assim precisam ser equipadas para compartilhar o evangelho. Aqui estão algumas maneiras através das quais a liderança poderá equipar a congregação.

Recomende bons livros sobre o tema. "Evangelização e a Soberania de Deus" de J.I. Packer e "Speaking of Jesus" de Mack Stiles são dois dos meus favoritos. Leia esses livros com as pessoas que você está discipulando, dê a pessoas que irão lê-los ou disponibilize-os na livraria da sua igreja.

Leve as pessoas com você quando tiver uma chance de compartilhar o evangelho. Quando sou convidado para dar uma palestra evangelística, eu levo comigo um jovem da minha igreja. É uma boa oportunidade para mostrar a eles como compartilhar as boas novas.

Fale a incrédulos em seus sermões. Os seus membros crescerão ao ouvir você envolver pessoas que não conhecem Jesus com as reivindicações do evangelho. Tome tempo para considerar cuidadosamente as perguntas ou objeções que um incrédulo possa ter quanto à mensagem do seu sermão, e então fale sobre essas questões.

Organize reuniões evangelísticas onde as pessoas possam trazer amigos e receber ajuda para compartilhar o evangelho. Se a sua igreja pode hospedar um café evangelístico ou um programa como Explorando o Cristianismo, você dará oportunidade para os seus membros convidarem os amigos e observarem como eles também podem compartilhar o evangelho.

Melhor do que o melhor programa

Não existe um programa que possa criar uma cultura evangelística na sua igreja. Em vez disso, ela vai exigir que a liderança ensine, dê o exemplo e ore até que os membros da igreja percebam que compartilhar o evangelho é seu privilégio e responsabilidade. Uma igreja com tal cultura será muito mais frutífera e eficaz do que uma igreja com os mais eficazes programas e estratégias.

25 de junho de 2014

Jonathan Edwards: Herói da Fé

JONATHAN EDWARDS: HERÓI DA FÉ

Pr. Gilson Soares dos Santos

Jonathan Edwards nasceu em 1703 e morreu em 1758. Pastor, Filósofo e Teólogo Norte americano, líder religioso e educador. Nasceu no estado de connecticut. Graduou-se em Yale. Foi Pastor de uma Igreja Congregacional, depois missionário entre os índios. Ainda foi presidente da Universidade de Princeton. Foi considerado um calvinista de linha dura.

Leio tudo o que me chega às mãos sobre esse homem de Deus. Hoje venho postar um vídeo, contendo um dos capítulos em áudio, do livro “Heróis da Fé”, de Orlando Boyer, publicado pela CPAD. Para quem está começando a se interessar por Edwards, recomendo que comece ouvindo este áudio e adquira o livro.


20 de junho de 2014

Pequeno Estudo Sobre O Cânon das Sagradas Escrituras


                   O CÂNON DAS SAGRADAS ESCRITURAS

Pr. Gilson Soares dos Santos

Nosso estudo de hoje é sobre o Cânon das Sagradas Escrituras: Antigo Testamento e Novo Testamento.

1 – Definindo o que é o Cânon das Escrituras

O termo Cânon vem do grego e significa, literalmente, “vara reta de medir”, assim como uma régua de carpinteiro.

No sentido religioso Cânon significa “aquilo que serve de regra ou norma”.

Por isso, chamamos de Cânon das Sagradas Escrituras a relação de livros do Antigo e do Novo Testamento considerados como tendo sido inspirados e que podem ser aceitos como regra de fé e prática da conduta cristã.

Diz-se dos livros da Bíblia que são canônicos para diferençá-los dos apócrifos. O emprego do termo cânon foi primeiramente aplicado aos livros da Bíblia por Orígenes (185-254 d.C.).

2 – O Cânon do Antigo Testamento

Nas Bíblias Protestantes temos 39 Livros no Antigo Testamento. Como, Quando e Por quê esses livros foram aceitos como canônicos, ou seja, como inspirados?     

O Cânon do Antigo Testamento, como o temos atualmente, ficou completo desde o tempo de Esdras, após 445. a.C. Nessa época, os judeus já aceitavam os 39 Livros do Antigo Testamento como sendo a Palavra de Deus.

O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espaço de mais de mil anos (+ -1046 anos) - de Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou em cena em 445 a.C. Esdras não foi o último escritor na formação do cânon do Antigo Testamento; os últimos foram Neemias e Malaquias, porém, de acordo com os escritos históricos, foi ele que, na qualidade de escriba e sacerdote, reuniu os rolos canônicos, ficando também o cânon encerrado em seu tempo.

Na verdade, o cânon do Antigo Testamento foi se formando com o passar dos séculos. Vejamos um resumo de como foi formado o cânon do AT:

A LEI: “A piedade judaica supunha que Moisés era autor dos livros da lei, com a exceção única de algumas poucas passagens; e também julgava que, desde o começo, seus escritos foram respeitados como comunicações divinas. Isso nos daria uma data bem remota para a canonização da lei, isto é, cerca de 1500 a.C.”

 “A questão da autoria mosaica do Pentateuco é importante por ter sido ele uma grande e bem reconhecida figura espiritual, pelo que, o que ele escreveu deve ser respeitado como divinamente inspirado: Ê nesse ponto que encontramos a primeira comprovação de canonicidade.”

OS PROFETAS ANTERIORES E POSTERIORES: “As evidências históricas demonstram que os profetas anteriores encontrados em Josué, Juízes, Samuel e Reis, bem como os profetas posteriores, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores, eram considerados Escritores Sagrados pelo menos desde 25O a 175 a.C. Naturalmente, os eruditos conservadores entendem que os escritos dos profetas, desde perto da data de escrita de cada um deles, foram reconhecidos como mensagens espirituais, como se desde quase imediatamente tivessem recebido uma posição canônica.”

OS ESCRITOS: Essa e a terceira porção do cânon hebraico, constituída por certa variedade de livros. Esses livros são os Salmos, Provérbios, Jó e os cinco rolos: Cântico dos Cânticos, Rute, lamentações, Eclesiastes e Ester, cada um dos quais era lido uma das cinco grandes festas, da páscoa à festa de Purim. Além desses, há os livros de Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas e Eclesiastes. Dentre esses livros todos, o Cântico dos Cânticos e o Eclesiastes foram os últimos a serem aceitos como canônicos. As datas marcadas pelos estudiosos liberais ficam entre 160 e 105 a.C.

OBSERVAÇÃO: Em 90 d.C. Em Jâmnia, perto da moderna Jope, em Israel, os rabinos, num concilio sob a presidência de Johanan Ben Zakai, reconheceram o cânon do Antigo Testamento. Note-se porém que o trabalho desse concilio foi apenas ratificar aquilo que já era aceito por todos os judeus através de séculos. Jâmnia, após a destruição de Jerusalém (70 d.C.) tornou-se a sede do Sinédrio - o supremo tribunal dos judeus.

2.1 – O Cânon do Antigo Testamento reconhecido no Novo Testamento

As muitas citações do Antigo Testamento no Novo mostram a estatura canônica daquela coletânea, nas mentes daqueles que escreveram o Novo Testamento. [..] O termo «Escrituras» é frequentemente usado no Novo Testamento, apontando para o Antigo Testamento (Ver Mat. 26:54; João 5:39; Atos 17:2.)

Além disso, temos 11 Tim, 3: 16 que reivindica inspiração divina para esses livros; e também 11 Ped. 1:21 reflete isso.

Jesus referiu-se à lei e ao fato de que Moisés escreveu a Seu respeito. Aludiu aos profetas, como quem escrevera acerca dele. De fato, começando por Moisés, passou por todos os profetas, encontrando referências que prediziam o seu ministério (Luc. 25:27).

O trecho de Lucas 24:44 conta que quando os discípulos relataram o diálogo que tinham tido com Jesus, a caminho da aldeia de Emaús, eles Incluíram Moisés, os Salmos e os Profetas como aquelas porções bíblicas que Jesus usara para mostrar-lhes o que fora previsto sobre sua pessoa.

Admite-se universalmente que o cânon de trinta e nove livros do Antigo Testamento hebraico era universalmente aceito nos dias do Novo Testamento.

3 – O Cânon do Novo Testamento

O que influenciou a igreja a formar o cânon do Novo Testamento? Isso se deve a pelo menos duas influências. Em primeiro lugar, os cristãos do Novo Testamento estavam familiarizados com os livros do Antigo Testamento, já organizados canonicamente. Isso os inspirou a pensar numa coletânea semelhante para os escritos dos apóstolos. Em segundo lugar, munidos dos evangelho e das epístolas, já escritos e bem divulgados nas igrejas, pessoas de responsabilidade entre os cristãos começaram a copiar tais escritos, colecionando-os e guardando com os nomes de seus respectivos autores. Esses escritos eram muito valorizados     

Vejamos um resumo da História do Cânon do Novo Testamento:

Durante o tempo dos apóstolos, algumas das epístolas de Paulo e um ou mais evangelhos já eram aceitos como Escritura. Já no começo do século II D.C., de modo geral, ainda não universal, treze epístolas de Paulo eram recebidas como Escrituras, como também os quatro evangelhos, as epístolas de I Joio e I Pedro, e também o livro de Apocalipse, totalizando vinte livros ou mais. Durante o século III d.C. eram aceitos quase universalmente todos os vinte e sete livros do N.T. No século IV d.C. chegou-se à fixação quase universal do cânon do N. T., tal como existe hoje em dia. Os concilio, tanto os antigos como os da Idade Média, em geral aprovaram o cânon de vinte e sete livros, tal como os conhecemos na atualidade.

As Epístolas de Paulo. Foram os primeiros escritos do Novo Testamento. São 13: de Romanos a Filemom. Foram escritas entre 52 e 67 d.C. Pela ordem cronológica, o primeiro livro do Novo Testamento é 1 Tessalonicenses, escrito em 52 d.C. 2 Timóteo foi escrita em 67 d.C, pouco antes do martírio do apóstolo Paulo em Roma. Esses livros foram também os primeiros aceitos como canônicos. Pedro chama os escritos de Paulo de "Escrituras" - título aplicado somente à Palavra inspirada de Deus! (2 Pe 3.15,16).

Os Atos dos Apóstolos. Escrito em 63 d.C, no fim dos dois anos da primeira prisão de Paulo em Roma (At 28.30).

Os Evangelhos. Estes, a princípio, foram propagados oralmente. Não havia perigo de enganos e esquecimento porque era o Espírito Santo quem lembrava tudo e Ele é infalível (Jo 14.26). Os Sinóticos foram escritos entre 60 a 65 d.C. Marcos, em 65. Em 1 Timóteo 5.18, Paulo, escrevendo em 65 d.C, cita Mateus 10.10. João foi escrito em 85. Entre Lucas e João foram escritas quase todas as epístolas. Note-se que Paulo chama Mateus e Lucas de "Escrituras" ao citá-los em 1 Timóteo 5.18; o original dessa citação está em Mateus 10.10 e Lucas 10.7.

As Epístolas, de Hebreus a Judas, foram escritas entre 68 e 90 d.C. Quanto à autoria de Hebreus, só Deus sabe de fato. Agostinho (354-430 d.C), bispo de Hipona, África do Norte, afirma que seu autor é Paulo. As igrejas orientais atribuíram-na a Paulo, mas as ocidentais, até o IV século recusaram-se a admitir isto. A opinião ainda hoje é a favor de Paulo. Orígenes (185-254) - o homem mais ilustre da igreja antiga, e, anterior a Agostinho - afirma: "Quem a escreveu só Deus sabe com certeza".

O Apocalipse. Escrito em 96 d.C, durante o reinado do imperador Domiciano. Muitos livros antes de serem finalmente reconhecidos como canônicos foram duramente debatidos.

Antes do ano 400 d.C, todos os livros estavam aceitos. Em 367, Atanásio, patriarca de Alexandria, publicou uma lista dos 27 livros canônicos, os mesmos que hoje possuímos; essa lista foi aceita pelo Concilio de Hipona (África) em 393.

No III Concilio de Cartago, em 397 d.C. Nessa ocasião, foi definitivamente reconhecido e fixado o cânon do Novo Testamento. Este Concílio ratificou formalmente os 27 livros do Novo Testamento, que conhecemos. Não elaborou o Cânon do Novo Testamento, mas apenas expressou o que já era sentimento unânime das igrejas.

OBSERVAÇÃO: Para que um Livro fosse aceito como canônico era preciso:

1) expor com clareza e autoridade a vontade de Cristo;

2) O nome do autor que subscrevia o livro era de grande importância;

3) deveria ter brotado da pena de um apóstolo ou de alguém a ele intimamente ligado, fosse evangelho, fosse epístola;

4) A doutrina do livro devia ser ortodoxa;

5) O livro devia ser amplamente usado para instrução e edificação dos fieis;

6) Aos poucos, com o uso desses critérios, os livros do Novo Testamento foram sendo agrupados até se chegar à coletânea completa de seus 27 livros.


BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA


GEISLER, Norman. NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou até Nós. São Paulo: Vida. 1997.

GILBERTO, Antonio. A Bíblia Através dos Séculos. 15Ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2004.

HALLEY, Henry H. Manual Bíblico: um comentário abreviado da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova. 1994.

MACDOWELL, Josh. Evidências que Exigem um Veredito. 2Ed. São Paulo: Candeia. 1992.

PFEIFFER, Charles F. VOS, Howard F. REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD. 2007.

TOGNINI, Éneas. BENTES, João Marques. Janelas Para o Novo Testamento. São Paulo: Hagnos. 2009.

Revista da Escola Bíblia Dominical, Nossa Doutrina, AIECB. Nº 01, Ano 2008.

14 de junho de 2014

A importância da filosofia no contexto cristão

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NO CONTEXTO CRISTÃO

Pr. Gilson Soares dos Santos

     Qual a importância da filosofia para um cristão? Recorreremos, no primeiro momento ao que escreve Geisler e Feinberg (1989, p. 60):

“A filosofia apresenta um desafio específico para o cristão, de modo tanto positivo quanto negativo. A filosofia é útil na construção do sistema cristão e na refutação de pontos de vista contrários. Há um texto crucial no Novo Testamento que corresponde a estas duas tarefas. Paulo disse: ‘Anulamos sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus [aspecto negativo], levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo [aspecto positivo]’ (II Co 10.5). Sem um conhecimento eficiente da filosofia, o cristão está à mercê do não cristão na arena intelectual. O desafio do cristão é ‘superar no pensamento’ o não cristão tanto na edificação da igreja quanto em derrubar sistemas de erro.
Se esta é a tarefa do cristão na filosofia, como, pois se explica a advertência do apóstolo Paulo no sentido de ‘cuidar que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia’ (Cl 2.8)? Infelizmente, alguns cristãos têm entendido este versículo como sendo uma injunção contra o  estudo da filosofia. Esta ideia é incorreta por várias razões. Primeiramente, o versículo não é uma proibição contra a filosofia propriamente dita, mas, sim, contra a falsa filosofia, pois Paulo acrescenta: ‘e [cuidado com] as vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens’. Na realidade, Paulo está advertindo contra uma filosofia falsa específica, um tipo de gnosticismo incipiente que tinha se infiltrado na igreja em Colossos (o grego tem um artigo definido que indica uma filosofia específica). Finalmente, não podemos realmente, ‘acautelar-nos’ da falsa filosofia a não ser que primeiramente tenhamos consciência dela. Um cristão deve reconhecer o erro antes de ir contra ele, assim como um médico deve estudar a doença antes de poder tratá-la com o devido conhecimento.”

1 – A base bíblica para a filosofia cristã

     Continuemos com Geisler e Feinberg (Idem, p.61):

“Deus não dá prêmio à ignorância. Os cristãos não recebem uma recompensa espiritual por uma fé ignorante. A fé pode ser mais meritória do que a razão (‘sem fé é impossível agradar a Deus’ Hb 11.6), mas a razão é mais nobre (‘Estes eram mais nobres que os de Tessalônica; pois... examinaram as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato assim’ At 17.11). Na realidade, o ‘grande mandamento’ ao cristão é: ‘Amarás o Senhor teu Deus... de todo o teu entendimento” (Mt 22.37). Pedro diz que devemos sempre estar preparados “para responder a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 3.15). Paulo diz que estamos ocupados ‘na defesa e confirmação do evangelho’ (Fp 1.7), e ele mesmo ‘arrazoou... acerca das Escrituras’ (At 17.2)
É verdade que somos advertidos contra a ‘sabedoria do mundo’ (I Co1.20). Mas esta, também, faz parte do desafio da filosofia para o cristão.”

2 – Os papéis da filosofia para um cristão

     Moreland e Craig (2012, p. 31) apresentam sete razões da importância da filosofia para o desenvolvimento de uma vida religiosa consistente:

“Primeira, a filosofia auxilia a tarefa da apologética, cujo objetivo é estabelecer uma defesa plausível do teísmo cristão em face das objeções que lhe são apresentadas, oferecendo evidências positivas a seu favor. As Escrituras ordenam que nos ocupemos da apologética (I Pe 3.15; Jd 1.3). Os profetas do Antigo Testamento frequentemente recorreram a vastos argumentos sobre a natureza do mundo para justificar a religião de Israel. Por exemplo, eles ridicularizaram os ídolos pagãos por sua fragilidade e insignificância. O mundo é muito grande, afirmavam, para haver sido feito por algo tão pequeno (v Is 44 e 45). Argumentos como esses admitem uma posição filosófica sobre a natureza da causalidade; por exemplo, que um efeito (o mundo) não pode advir de algo menos poderoso do que ele próprio (o ídolo). Da mesma forma, os profetas frequentemente recorriam aos princípios gerais do raciocínio moral para criticar a imoralidade das nações pagãs (p. ex., Am 1 e 2). Argumentos como esse utilizam a lei moral natural e os princípios filosóficos gerais do raciocínio moral.”

“Segunda, a filosofia auxilia a igreja na atividade polemista (contestação). Enquanto a apologética envolve a defesa do teísmo cristão, a contestação tem por tarefa criticar e refutar as visões alternativas de mundo.”

“Terceira, a filosofia é uma manifestação central da imagem de Deus em nós. É muito difícil propor uma definição incontestável da imagem de Deus, mas a maioria dos teólogos concorda que ela inclui a habilidade em se ocupar do raciocínio abstrato, especialmente nas áreas relacionadas às questões éticas, religiosas e filosóficas. O próprio Deus é um ser racional, e os humanos são como ele nesse sentido. Essa é uma das razões pela qual os homens são ordenados a amar a Deus de todo o seu entendimento (Mt 22.37). Uma vez que a filosofia, assim como a religião, é uma disciplina que enfoca principalmente as questões fundamentais acerca do âmago da existência, então a reflexão filosófica a respeito de Deus, de sua revelação especial e geral faria parte do nosso modo de amá-lo e de refletir em seus pensamentos.”

“Quarta, a filosofia permeia a teologia sistemática e atua como sua serva, ajudando de várias maneiras a clarificar seus conceitos. Por exemplo, os filósofos cooperam na explicação dos diferentes atributos de Deus, ao demonstrar que as doutrinas da Trindade e da encarnação não são contraditórios; ao esclarecer, também, a natureza da liberdade humana e assim por diante.”

“Quinta, a filosofia pode facilitar a disciplina espiritual do estudo. O estudo em si mesmo é uma disciplina espiritual, e o simples ato de estudar pode mudar o eu.”

“Sexta, a disciplina da filosofia pode elevar a ousadia e a autoimagem da comunidade cristã em geral. [...] Gager afirma que foi principalmente a presença dos filósofos e apologistas dentro da igreja que elevou a autoconfiança da comunidade cristã, pois esses primeiros estudiosos mostraram que a comunidade cristã era tão intelectual e culturalmente rica quanto a cultura pagã que a circundava.”

“Sétima, a disciplina da filosofia é absolutamente essencial para a tarefa da integração. Integrar significa misturar ou formar um todo. Nesse sentido, a integração ocorre quando as convicções teológicas do indivíduo, principalmente as baseadas nas Escrituras, estão misturadas e unidas a proposições julgadas racionais por outras fontes, dentro de uma cosmovisão cristã coerente e intelectualmente adequada.”


     Concluímos lembrando que a própria história da igreja cristã revela que a filosofia sempre exerceu papel de grande importância na educação dos crentes para a proclamação da cosmovisão cristã.

BIBLIOGRAFIA

GEISLER, Norman L. FEINBERG, Paul D. Introdução à Filosofia: Uma Perspectiva Cristã. São Paulo: Vida Nova. 1989.

MORELAND, J. P. CRAIG, William Lane. Filosofia e Cosmovisão Cristã. São Paulo: Vida Nova. 2012.

10 de junho de 2014

A Lei da Palmada, os especialistas e o Estado parental


A LEI DA PALMADA, OS ESPECIALISTAS E O ESTADO PARENTAL

Pr. Gilson Soares dos Santos

Já li diversas matérias e artigos sobre a Lei da Palmada. Cada dia que passa, sinto mais firme a convicção de que “o mundo jaz no maligno”. Até que ponto chegamos! O Estado entrando nos lares e querendo determinar a maneira como os pais devem educar os filhos.

Hoje, encontrei um artigo, bem antigo, de autoria de Rubem Amorese, na Revista Ultimato, Nº 317, Março-Abril de 2009, que mostra esta situação: o Estado querendo educar nossos filhos. Leia o artigo e reflita.






ESTADO PARENTAL

Vivemos a era dos especialistas. Com o crescimento do conhecimento, desapareceram aqueles sábios que dominavam todo o conhecimento. A ciência se multiplicou e os especialistas se aprofundam em fragmentos. Acho que não pode ser diferente. Não é possível saber tudo no mundo pós-moderno.

Quando algum problema foge ao nosso conhecimento, recorremos aos especialistas. Porém, quando estes chegam ao poder, tendem a querer gerir a coisa pública a partir de sua área de concentração. É o caso dos nossos ministros de estado -- do nosso governo, em geral. Muitos não resistem à tentação de impor sua perspectiva à sociedade, tentando recriá-la à sua imagem.

Na revista “Cristianismo Hoje” (edição 8, ano II, p. 10) lê-se que o pastor americano Barry Barnett Jr. pode ser preso por dar duas palmadas em seu filho de 12 anos. Ele foi denunciado por assistentes sociais da escola do garoto, apesar dos protestos do próprio menino, que confessava ter desobedecido ao pai. Pai de outros oito filhos, Barry só foi liberado após pagar fiança de 10 mil dólares e está sendo processado por abuso físico contra menor. Pode pegar até três anos de cadeia e, como medida liminar, está impedido de impor qualquer disciplina aos filhos. 

No dia da audiência, uma de suas filhas, de 21 anos, ficou do lado de fora do tribunal, com um cartaz que dizia: “Obrigada, papai, por me disciplinar”.

Pobre Barry! Encontrou especialistas pela frente, numa área que supunha conhecer bem: a criação de filhos. Bateu de frente com alguém que “sabe como ele deve educar uma criança”. Aliás, tenho a impressão de que temos muitos desses por estas bandas. Gente que é capaz de, por exemplo, dizer ao governo da Itália que eles não sabem distinguir entre um assassino e um ativista político. 

Temos visto reportagens sobre jovens que jogam álcool e ateiam fogo em índios e mendigos; matam crianças a golpes de caratê; abatem a tiros professores em sala de aula. O interessante é que a maioria deles são jovens de classe média -- eu ousaria dizer, filhos de especialistas.

Tornou-se lugar-comum perguntar, nesses momentos, pela família. Como que a dizer que toda essa loucura, sem causa aparente, só pode ser falta de família.

Acho que a pergunta faz sentido. Sem uma família estruturada, a mocidade sofre da síndrome do escorpião: quando a esperança se vai, resta-lhe dar picadas mortais em quem está à sua volta e depois em si mesma. “É a vida.”

Eu gostaria de saber como são as famílias daqueles assistentes sociais que denunciaram o pastor Barnett. Melhor, eu gostaria de saber como são as finanças pessoais dos nossos ministros da área econômica, ou como são as relações familiares dos nossos psicólogos e sociólogos de plantão. Eu gostaria de saber como é, como pai, o nosso presidente.

Quando não nos deixarem mais educar nossos filhos de acordo com a Palavra de Deus, estarão gestando uma horda de delinquentes. Os nossos filhos acabarão por se parecer com os deles, apesar de sabermos que “a vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29.15).

Rubem Amorese*


 Rubem Amorese é consultor legislativo no Senado Federal e presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. 

2 de junho de 2014

Origens da filosofia

ORIGENS DA FILOSOFIA

Gilson Soares dos Santos

1 – A filosofia como criação do gênio helênico

“A filosofia, como termo ou conceito, é considerada pela quase totalidade dos estudiosos como criação própria do gênio dos gregos.” (REALE & ANTISERI, 2007, p.3).

“A filosofia foi criação do gênio helênico: não derivou aos gregos a partir de estímulos precisos tornados das civilizações orientais; do Oriente, porém, vieram alguns conhecimentos científicos, astronômicos e matemático-geométricos, que o grego soube repensar e recriar em dimensão teórica, enquanto os orientais os concebiam em sentido prevalentemente prático.” (idem).

            Giovani Reale e Dario Antiseri (2007, p. 4-5) nos dão algumas razões porque os estudiosos atribuem o início da filosofia aos gregos, negando qualquer indício de que ela tenha surgido no oriente:
a)     Na época clássica, nenhum dos filósofos ou dos historiadores gregos acena minimamente a pretensa origem oriental da filosofia.

b)    Está historicamente demonstrado que os povos orientais, com os quais os gregos tiveram contato, possuíam de fato uma forma de "sabedoria" feita de convicções religiosas, mitos teológicos e "cosmogônicos", mas não uma ciência filosófica baseada na razão pura (no logos, como dizem os gregos)

c)     Não temos conhecimento da utilização, por parte dos gregos, de qualquer escrito oriental ou de traduções desses textos.

d)    Admitindo que algumas ideias dos filósofos gregos possam ter antecedentes precisos na sabedoria oriental (mas isso ainda precisa ser comprovado), podendo assim dela derivar, isso não mudaria a substância da questão que estamos discutindo. Com efeito, a partir do momento em que nasceu na Grécia, a filosofia representou nova forma de expressão espiritual, de tal modo que, ao acolher conteúdos que eram fruto de outras formas de vida espiritual, ela os transformava estruturalmente, dando-lhes forma rigorosamente lógica.

2 – As formas da vida grega que prepararam o nascimento da filosofia

            O que preparou o caminho para a filosofia foram: 1) A poesia; 2) A religião; 3) As condições sociopolíticas.

1)     A poesia: Sobre a contribuição para o surgimento da filosofia, assim escreve Giovani Reale e Dario Antiseri (2007, p. 6-10):

“Antes do nascimento da filosofia, os poetas tinham importância extraordinária na educação e na formação espiritual do homem grego, muito mais do que tiveram entre outros povos. O helenismo inicial buscou alimento espiritual de modo predominante nos poemas homéricos, ou seja, na Ilíada e na Odisséia (que, conforme se sabe, exerceram nos gregos influência análoga a que a Bíblia exerceu entre os hebreus).”.

“Para os gregos também foi muito importante Hesíodo com sua Teogonia, que relata o nascimento de todos os deuses. E, como muitos deuses coincidem com partes do universo e com fenômenos do cosmo, a teogonia torna-se também cosmogonia, ou seja, explicação mítico-poética e fantástica da gênese do universo e dos fenômenos cósmicos.”

2)     A religião: Quanto à religião como contribuidora para o surgimento da filosofia, Reale e Antiseri (idem) escrevem:

“O segundo componente ao qual e preciso fazer referência para compreender a gêneses da filosofia grega, como já dissemos é a religião. Todavia, quando se fala de religião grega, é necessário distinguir entre a religião pública, que tem o seu modelo na representação dos deuses e do culto que nos foi dada por Homero, e a religião dos mistérios. Ambas as formas de religião são muito importantes para explicar o nascimento da filosofia, mas - ao menos em alguns aspectos - sobretudo a segunda.”

Religião Pública: “tudo o que acontece é explicado em função de intervenções dos deuses. Os fenômenos naturais são promovidos por numes: raios e relâmpagos são arremessados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do mar são provocadas pelo tridente de Poseidon, o sol é levado pelo áureo  carro de Apolo, e assim por diante. Mas também a vida social dos homens, a sorte das cidades, as guerras e a paz são imaginadas como vinculadas aos deuses.

Religião dos mistérios: “Nem todos os gregos consideravam suficiente a religião pública e, por isso, em círculos restritos, desenvolveram-se os "mistérios", com as próprias crenças específicas. Entre os mistérios, porém, os que mais influíram na filosofia grega foram os mistérios órficos (derivam seu nome do poeta Orfeu).”

“A religião órfica considera o homem de modo dualista: como alma imortal, concebida como demônio, que por uma culpa originaria foi condenada a viver em um corpo, entendido como tumba e prisão. Do Orfismo deriva a moral que põe limites precisos a algumas tendências irracionais do homem.”

3)     As condições socioeconômicas: Sobre isto, Reale e Antiseri (idem) escrevem:

“As condições socioeconômicas, conforme dissemos, favoreceram o nascimento da filosofia na Grécia, com suas características peculiares. Com efeito, os gregos alcançaram certo bem-estar e notável liberdade politica, a começar das colônias do Oriente e do Ocidente. Além disso, desenvolveu-se forte senso de pertença à Cidade, até o ponto de identificar o "indivíduo" com o "cidadão”, de ligar estreitamente a ética com a polÍtica.”

            Assim, nesse ambiente particular, nasceu a filosofia.


BIBLIOGRAFIA

REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo. Paulus. 2007.