O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

6 de abril de 2015

É possível ser pastor e não ser nascido de novo?


É POSSÍVEL SER PASTOR E AINDA NÃO SER NASCIDO DE NOVO?

Pr. Gilson Soares dos Santos

     Talvez muitos respondam negativamente a pergunta acima. Entretanto, é preciso entender que, assim como no Antigo Testamento existiam os falsos profetas, nos tempos atuais existem os falsos pastores.
     Estou postando hoje um pequeno trecho do Livro “De Pastor A Pastor”, da autoria do Rev. Hernandes Dias Lopes, da Editora Hagnos. Recomendo este livro e espero que este post contribua para que possamos ter um entendimento de que existem pastores não convertidos no ministério.

                          
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PASTORES NÃO CONVERTIDOS NO MINISTÉRIO

Rev. Hernandes Dias Lopes

     É doloroso que alguns daqueles que se levantam para pregar o evangelho aos outros não tenham sido ainda alcançados por esse mesmo evangelho. Há quem pregue arrependimento sem jamais tê-lo experimentado. Há quem anuncie a graça sem jamais ter sido transformado por ela. Há quem conduza os perdidos à salvação e ainda está perdido.

     Judas Iscariotes foi apóstolo de Jesus. Foi o único no grupo que recebeu um cargo de confiança. Foi nomeado para cuidar da tesouraria do grupo apostólico. Desfrutava de total confiança dos seus condiscípulos. Jamais houve alguma suspeita deles acerca de sua integridade. Mesmo no Cenáculo, quando Jesus o apontou como traidor, os outros discípulos não compreenderam do que se tratava. Judas chegou a liderar os discípulos em um gesto de revolta contra a atitude de Maria, que quebrou um vaso de alabastro, com um caro perfume para ungir Jesus. Ele era um falso filantropo. Ele era ladrão. Seu coração não era reto diante de Deus. Suas intenções estavam em desacordo com os propósitos divinos, Certamente ele pregou aos outros, mas não pregou a si mesmo. Levou outros à salvação, mas ele mesmo não foi alcançado pela salvação. Ele viveu uma mentira. Sua vida foi um engodo. Sua morte foi uma tragédia. Seu destino foi a perdição.

     No século 17, Richard Baxter, puritano de escol na Inglaterra, em seu célebre livro, O pastor aprovado, já alertava para o fato de existirem pastores que precisavam nascer de novo. Jesus falou para o mestre da religião judaica, um dos principais dos judeus, chamado Nicodemos, que, se ele não nascesse de novo, não poderia ver o Reino de Deus e, se ele não nascesse da água e do Espírito, não poderia entrar no Reino de Deus.

     Há alguns anos, depois de pregar em um congresso evangélico, um pastor veio ao meu encontro, com o rosto banhado de lágrimas. Ele me abraçou e disse: “Eu sou pastor há vários anos. Preguei o evangelho para milhares de pessoas. Levei várias pessoas a Cristo, mas somente hoje estou passando pela bendita experiência do novo nascimento. Eu ainda não era um homem convertido e salvo”.

LOPES, Hernandes Dias. De Pastor a Pastor. São Paulo: Hagnos. 2008. p.13,14.