FIM DE ANO: O RETORNO DAS BOAS INTENÇÕES
Pr.
Gilson Soares dos Santos
Todo fim de ano é a mesma coisa: somos
tomados de boas intenções. E tomados por essas boas intenções, desejamos um ano
novo cheio de paz e prosperidade, com “muito dinheiro no bolso. Saúde prá dar e
vender”.
Sequestrados por boas intenções existem
aqueles que não somente desejam um ano cheio de realizações para seus
semelhantes, eles decretam que o novo ano venha trazendo sucesso, como se
fossem senhores do próprio destino e do destino dos outros.
Isto é bom, entretanto, muitos ficam apenas
nas boas intenções. E o senso comum sabe que uma boa intenção sem qualquer ação
para realização transforma-se em má intenção. Nunca é demais evocar a sentença
moral que afirma: “de boas intenções estão pavimentados os caminhos do
inferno”.
Exprimir votos de um ano novo com muitas
realizações é uma atitude louvável, pode exteriorizar amor. Todavia, se ficar
apenas nas palavras não há utilidade alguma. Não há comprovação de amor.
Vale a pena trazer à lembrança as palavras do
apóstolo João, encontradas em sua primeira carta, precisamente no capítulo
três, versículo dezoito (I João 3.18), que diz: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de
verdade.”. E a Banda Catedral reforçava as palavras do apóstolo ao cantar “o mundo da linguagem sem o mundo da prática
é um mundo vazio”.
Podemos desejar que o outro tenha um ano novo
com mesa farta. Mas vamos também repartir o pão. Vamos separar todo mês uma considerável
quantia para abençoar o semelhante.
É louvável desejar que o outro tenha saúde no
novo ano. Mas vamos ajudar nosso próximo a comprar seus remédios para a saúde
curativa. Vamos ajudar nosso próximo a pagar seu Plano de Saúde para a saúde
preventiva. Vamos doar sangue. Vamos servir de acompanhante a alguém que está
numa enfermaria de hospital precisando de cuidados.
Intencionar ajudar os outros é preciso.
Contudo vamos passar da intenção para a prática. É esse o desafio para o novo
ano.
Segundo a boa mão do Senhor nosso Deus,
teremos um ano de 2017 abençoado. Contudo, é preciso que a gente passe da boa
intenção para a excelente ação. E que essa ação seja tomada por amor. Afinal de
contas, “Ainda que eu distribua todos os
meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser
queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (I Coríntios 13.3).
Feliz Ano Novo! E que o ano de 2017 seja “o
ano da prática”.